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Grau 30 na maçonaria: o que é, qual a sua origem e o seu significado

Você já ouviu falar do grau 30 na maçonaria? Sabe o que ele representa e qual a sua importância na filosofia maçônica? Neste artigo, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre esse grau, também chamado de Cavaleiro Kadosch, ou o Grande Eleito.

O grau 30 é o último grau do Ilustre Conselho Filosófico de Kadosch, que abrange os graus do 19 ao 30, chamados de filosóficos. Esse grau fecha um ciclo evolutivo que prepara o maçom para ingressar no Consistório de Príncipes do Real Segredo, que compreende os graus do 31 ao 33, os mais altos do Rito Escocês Antigo e Aceito.

O grau 30 é um grau de estudos profundos sobre o simbolismo e a história da maçonaria, especialmente sobre a Ordem dos Templários, que foi uma das mais influentes e misteriosas organizações da Idade Média, e que teve um papel fundamental nas Cruzadas e na defesa da Terra Santa.

O grau 30 também é um grau de reflexão sobre os valores e os princípios éticos que devem nortear a conduta do maçom, como a liberdade, a igualdade, a fraternidade, a justiça, a tolerância e o amor ao próximo. O maçom que atinge esse grau deve ser um exemplo de virtude, de sabedoria e de honra.

O que vamos abordar neste artigo?

Neste artigo, vamos abordar os seguintes tópicos sobre o grau 30 na maçonaria:

  • O significado do nome Kadosh
  • A origem e a evolução do grau 30
  • Os ensinamentos do grau
  • A cerimônia de iniciação ao grau 30
  • A relação entre o grau 30 e a Ordem dos Templários
  • A relação entre o grau 30 e a Ordem de Malta
  • A influência da cultura grega no grau 30
  • Areópago
  • O simbolismo da Escada Mística
  • O simbolismo do grau
  • A ética e a moral do grau 30

Se você quer saber mais sobre esse grau fascinante e enigmático, continue lendo este artigo até o final. Você vai se surpreender com as revelações e os mistérios que envolvem o grau 30 na maçonaria. Vamos lá?

O significado do nome Kadosh

O significado do nome Kadosh é um dos aspectos mais interessantes do grau 30 na maçonaria. Kadosh é uma palavra hebraica que significa “santo”, “puro” ou “limpo”. Ela expressa a ideia de algo ou alguém que foi separado, consagrado ou dedicado a Deus.

A palavra kadosh na Bíblia

Na Bíblia, a palavra kadosh é usada muitas vezes para se referir ao próprio Deus, como o Santo e Único Deus de Israel. Ele é chamado de Yahweh Kadesh, o Senhor que vos santifica, de Qedosh Ysra’el, o Santo de Israel, ou simplesmente de Kadosh, o Santo.

A expressão kadosh também é usada para se referir a lugares, objetos e pessoas que foram consagrados a Deus, como o Tabernáculo, os sacerdotes, os anjos, os primogênitos e outros. Na maçonaria, o termo kadosh é usado para designar o grau 30, também chamado de Cavaleiro Kadosh, ou o Grande Eleito.

A designação Kadosh revela a natureza e a missão do maçom que atinge esse grau. Ele deve ser santo, puro e limpo em seus pensamentos, palavras e ações. Precisa se separar do mundo profano e se dedicar ao serviço de Deus e da humanidade. Ser um exemplo de virtude, de sabedoria e de honra.

Relação especial com Deus

O nome Kadosh também indica a relação especial que o maçom tem com Deus. Ele reconhece Deus como o Grande Arquiteto do Universo, o Criador e o Sustentador de todas as coisas. Ele busca a iluminação e a união com Deus, através do estudo e da prática dos mistérios da Cabala, da Alquimia, da Astrologia e da Magia.

O nome Kadosh, portanto, é um nome que expressa a santidade, a consagração e a devoção do maçom ao grau 30 na maçonaria. É um nome que resume a essência e o propósito desse grau, que é um dos mais elevados e importantes do Rito Escocês Antigo e Aceito.

A origem e a evolução do grau 30

A origem e a evolução do grau 30 na maçonaria é um tema que envolve muita história, mito e controvérsia. Não há um consenso entre os estudiosos sobre quando e como esse grau surgiu, e quais foram as suas influências e transformações ao longo do tempo. No entanto, podemos traçar algumas linhas gerais que nos ajudam a compreender melhor esse grau, que é um dos mais elevados e importantes do Rito Escocês Antigo e Aceito.

Origem do grau 30

Uma das hipóteses mais aceitas é que o grau 30 tem a sua origem na Ordem dos Templários, que foi uma ordem religiosa e militar fundada no século XI, e que teve uma forte ligação com os cavaleiros cruzados e a defesa dos cristãos no Oriente Médio. Os templários eram conhecidos pela sua bravura, pela sua riqueza, pelo seu segredo e pelo seu misticismo. Eles possuíam uma hierarquia própria, que incluía graus iniciáticos e rituais simbólicos.

No século XIV, os templários foram perseguidos, acusados de heresia, blasfêmia e idolatria, e condenados à morte pela Igreja e pelo rei da França. O seu último Grão-Mestre, Jacques de Molay, foi queimado vivo em uma fogueira, em 1314, em Paris. Antes de morrer, ele teria lançado uma maldição contra os seus algozes, e profetizado a queda do papado e da monarquia.

Após a extinção da Ordem dos Templários, muitos dos seus membros e simpatizantes se refugiaram em outros países, onde continuaram a praticar os seus ensinamentos e rituais, de forma clandestina e sob novos nomes. Alguns desses grupos se infiltraram na maçonaria, que era uma sociedade secreta que reunia os pedreiros livres e aceitos, que construíam as catedrais góticas na Europa.

1 A incorporação do grau 30 na maçonaria

A maçonaria, que já possuía três graus simbólicos (Aprendiz, Companheiro e Mestre), passou a incorporar novos graus, chamados de filosóficos, que eram inspirados nos conhecimentos e símbolos dos templários. Um desses graus era o de Cavaleiro Kadosh, ou o Grande Eleito, que era o grau 30 do Rito Escocês Antigo e Aceito.

O grau 30, que era considerado o mais alto e sublime da maçonaria, tinha como objetivo principal vingar a morte de Jacques de Molay, e combater os inimigos da maçonaria e da humanidade, como a tirania, a corrupção, a superstição e a intolerância. O grau 30 também tinha como propósito revelar os mistérios da Cabala, da Alquimia, da Astrologia e da Magia, e buscar a iluminação e a união com o Grande Arquiteto do Universo.

Modificações e adaptações do grau 30

O grau 30, ao longo dos séculos, sofreu diversas modificações e adaptações, de acordo com o contexto histórico, político, social e cultural de cada época e lugar. O grau 30 também foi alvo de críticas e controvérsias, tanto dentro quanto fora da maçonaria, por causa do seu caráter violento, vingativo e subversivo.

Hoje, o grau 30 ainda é praticado em muitas lojas maçônicas, mas com uma abordagem mais simbólica, filosófica e espiritual, e menos literal, histórica e material. O grau 30 ainda mantém a sua essência e o seu significado, mas com uma visão mais ampla e atualizada, que busca a harmonia, a tolerância e a fraternidade entre os homens.

Os ensinamentos do grau 30

Os ensinamentos do grau 30 na maçonaria são os conhecimentos, as virtudes e as habilidades que o maçom deve adquirir e praticar ao atingir esse grau, que é o último do Ilustre Conselho Filosófico de Kadosch¹. Esses ensinamentos são transmitidos por meio de palestras, discussões, leituras e rituais, que abordam diferentes aspectos do grau 30, como os seus símbolos, os seus valores, a sua história e a sua relação com outros graus e ritos.

Entre os principais ensinamentos do grau 30, podemos destacar:

  • O estudo das sete artes liberais, que são as disciplinas que o maçom deve dominar para alcançar a perfeição intelectual e moral. Essas artes são: gramática, retórica, lógica, aritmética, geometria, música e astronomia.
  • O estudo da Cabala, que é a ciência sagrada que revela os mistérios da criação, da natureza e do destino do homem. A Cabala ensina o maçom a interpretar os símbolos e os números, e a se comunicar com o Grande Arquiteto do Universo.
  • O estudo da Alquimia, que é a arte de transformar os metais inferiores em ouro, e de purificar a alma humana. A Alquimia ensina o maçom a conhecer os quatro elementos da natureza, e a realizar a Grande Obra, que é a união do microcosmo com o macrocosmo.
  • O estudo da Astrologia, que é a ciência que estuda a influência dos astros na vida dos homens. A Astrologia ensina o maçom a compreender os ciclos cósmicos, e a harmonizar o seu destino com o plano divino.
  • O estudo da Magia, que é a arte de manipular as forças ocultas da natureza e do espírito. A Magia ensina o maçom a usar os seus poderes mentais, e a realizar atos extraordinários, como curas, profecias e milagres.

Esses são alguns dos ensinamentos do grau 30 na maçonaria, que visam a formação de um maçom sábio, virtuoso e poderoso, capaz de vencer os seus inimigos internos e externos, e de contribuir para o progresso da humanidade.

A cerimônia de iniciação ao grau 30

A cerimônia de iniciação ao grau 30 na maçonaria é um ritual que simboliza a morte e o renascimento do maçom, que passa a ser um Cavaleiro Kadosh, ou o Grande Eleito¹. Esse ritual é um dos mais complexos e dramáticos da maçonaria, e envolve vários elementos, como a venda, a forca, a espada, o livro da lei, o triângulo, o pentagrama, o hexagrama, e outros.

O ritual se divide em três partes: a primeira é a preparação, a segunda é a iniciação propriamente dita, e a terceira é a instrução¹. A seguir, vamos descrever brevemente cada uma dessas partes:

Preparação

O candidato é vendado e tem que estar com o pé esquerdo descalço e o joelho esquerdo, o peito esquerdo e o braço esquerdo descobertos. Amarrada ao redor do pescoço (e, às vezes, do braço esquerdo), uma forca, feita de corda grossa, simboliza o laço que criará com a irmandade. Ele é conduzido por um irmão até a porta da loja, onde bate três vezes. O Segundo Vigilante encosta a ponta de uma espada no peito dele e diz que a dor física se tornará mental caso revele os segredos da ordem.

Iniciação

O candidato é levado pelo Primeiro Vigilante a caminhar ao redor da sala, ou do altar, se houver. O sentido das voltas (se vistas de cima) é sempre horário, simbolizando o movimento do Sol ao redor da Terra². O número de turnos e as palavras proferidas pelo Mestre variam. Em frente ao altar, o candidato se ajoelha com o joelho esquerdo, formando um ângulo reto com o direito. Com a mão esquerda, ele suporta o livro da lei, que contém os estatutos da ordem.

Repetindo palavras do Mestre, ele jura não revelar os segredos da ordem, sob a pena de ter a garganta cortada, a língua arrancada pela raiz e o corpo enterrado na maré baixa². Os irmãos formam um círculo ao redor do candidato, ainda ajoelhado. O Mestre profere palavras de ordem e, em determinado momento do discurso, os irmãos batem palmas ou batem o pé direito ruidosamente no chão. Só nesse instante a venda é retirada dos olhos do candidato. O efeito desorientador é uma espécie de “parto” à luz da maçonaria.

Instrução

Agora, ele é um Cavaleiro Kadosh e recebe do Mestre as ferramentas desse grau (geralmente, uma espada flamejante e uma balança) e um avental branco com uma caveira e ossos cruzados. Ele também ouve algumas recomendações sobre o que deve buscar e como deve agir enquanto atuar na loja, o que inclui um voto de vingança contra os inimigos da maçonaria e da humanidade. Ele também recebe uma explicação sobre os símbolos e os mistérios do grau 30, como o triângulo, o pentagrama, o hexagrama, a Escada Mística, a Cabala, a Alquimia, a Astrologia e a Magia.

A relação entre o grau 30 e a Ordem dos Templários

A relação entre o grau 30 e a Ordem dos Templários é uma das mais fortes e antigas da maçonaria. O grau 30, também chamado de Cavaleiro Kadosh, ou o Grande Eleito, tem a sua origem e a sua inspiração na Ordem dos Templários, que foi uma ordem religiosa e militar fundada no século XI, e que teve uma forte ligação com os cavaleiros cruzados e a defesa dos cristãos no Oriente Médio.

Os Templários eram conhecidos pela sua bravura, pela sua riqueza, pelo seu segredo e pelo seu misticismo. Eles possuíam uma hierarquia própria, que incluía graus iniciáticos e rituais simbólicos. Eles também tinham uma sede instalada em um edifício vizinho da Mesquita de Al-Aqsa, que era o que sobrara do Templo de Salomão, onde se ergue a atual Mesquita de Al-Aqsa. Por isso, os cavaleiros passaram a ser conhecidos por Cavaleiros do Templo de Salomão ou Templários.

Perseguição dos Templários no século XIV

No século XIV, os Templários foram perseguidos, acusados de heresia, blasfêmia e idolatria, e condenados à morte pela Igreja e pelo rei da França. O seu último Grão-Mestre, Jacques de Molay, foi queimado vivo em uma fogueira, em 1314, em Paris. Antes de morrer, ele teria lançado uma maldição contra os seus algozes, e profetizado a queda do papado e da monarquia.

Após a extinção da Ordem dos Templários, muitos dos seus membros e simpatizantes se refugiaram em outros países, onde continuaram a praticar os seus ensinamentos e rituais, de forma clandestina e sob novos nomes. Alguns desses grupos se infiltraram na maçonaria, que era uma sociedade secreta que reunia os pedreiros livres e aceitos, que construíam as catedrais góticas na Europa.

Essa é a relação entre o grau 30 e a Ordem dos Templários, que é uma das mais fortes e antigas da maçonaria. Essa relação se baseia na origem, na inspiração, nos valores e nos símbolos que ambos compartilham.

A relação entre o grau 30 e a Ordem de Malta

A relação entre o grau 30 e a Ordem de Malta é uma relação de amizade, cooperação e respeito mútuo, que se baseia em valores e objetivos comuns. A Ordem de Malta, assim como a dos Templários, é uma fraternidade religiosa e militar que surgiu no século XI, durante as Cruzadas, e que se dedicou à defesa dos cristãos no Oriente Médio.

A Ordem de Malta, originalmente chamada de Ordem do Hospital de São João de Jerusalém, tinha como missão principal cuidar dos pobres, dos enfermos e dos peregrinos que visitavam a Terra Santa. A fraternidade também possuía uma função militar, que se tornou mais evidente após a perda de Jerusalém para os muçulmanos, em 1187.

Expulsão da Terra Santa

A Ordem de Malta, assim como a Ordem dos Templários, foi perseguida e expulsa da Terra Santa pelos muçulmanos, e teve que se estabelecer em outras regiões, como Chipre, Rodes e Malta. A Ordem de Malta, diferentemente da Ordem dos Templários, conseguiu resistir às tentativas de extinção por parte da Igreja e dos Estados, e se manteve como uma entidade soberana e independente até os dias de hoje.

Ordem de Malta atualmente

A Ordem de Malta, atualmente, é uma organização humanitária reconhecida como entidade de direito internacional privado, que atua em mais de 100 países, em todos os continentes, na área da assistência médica e social, prestando ajuda humanitária. A Ordem de Malta também mantém relações diplomáticas com mais de 100 Estados e organizações internacionais, incluindo a Santa Sé e as Nações Unidas.

A relação entre o grau 30 e a Ordem de Malta se estabeleceu desde os tempos das Cruzadas, quando ambas as ordens lutaram lado a lado pela defesa da fé cristã e da liberdade dos povos. Essa relação se fortaleceu ao longo dos séculos, com a troca de apoio, de conhecimento e de experiência entre os membros das duas ordens.

Princípios da Ordem de Malta e o grau 30

O grau 30 e a Ordem de Malta compartilham os mesmos princípios de liberdade, igualdade, fraternidade, justiça, tolerância e amor ao próximo, que são os pilares da filosofia maçônica e da doutrina cristã. O grau 30 e a Ordem de Malta também compartilham os mesmos símbolos, como a cruz de oito pontas, que representa as oito bem-aventuranças, e o lema “Tuitio Fidei et Obsequium Pauperum”, que significa “Defesa da Fé e assistência aos pobres”.

Essa é a relação entre o grau 30 e a Ordem de Malta, que é uma relação de amizade, cooperação e respeito mútuo, que se baseia em valores e objetivos comuns.

A influência da cultura grega no grau 30

A influência da cultura grega no grau 30 na maçonaria é uma influência de origem, de forma e de conteúdo. A origem se refere ao fato de que o grau 30 se inspira em uma instituição da antiga Grécia, o Areópago, que era um conselho de sábios que julgava os crimes contra o Estado¹.

A forma se refere ao fato de que o grau 30 utiliza elementos arquitetônicos, artísticos e simbólicos da cultura grega, como as ordens dórica, jônica e coríntia, as colunas, os frontões, as esculturas, os vasos, as moedas, as letras gregas, os mitos, os deuses, os heróis, e outros.

O conteúdo se refere ao fato de que o grau 30 ensina e valoriza os conhecimentos, as virtudes e as habilidades da cultura grega, como a filosofia, a matemática, a geometria, a astronomia, a música, a retórica, a lógica, a democracia, a liberdade, a justiça, a sabedoria, a coragem, a moderação, e outros.

A influência da cultura grega no grau 30 na maçonaria é uma influência que busca resgatar e preservar os valores e os ideais que fizeram da Grécia o berço da civilização ocidental. Esses valores e ideais são fundamentais para o desenvolvimento do homem, do maçom, e da humanidade. O grau 30, portanto, é um grau que homenageia e celebra a cultura grega, que é uma das fontes da maçonaria e da sua filosofia.

Areópago

É uma palavra que significa “colina de Ares”, que era o deus grego da guerra. Areópago era também o nome de um conselho de sábios que julgava os crimes contra o Estado na antiga Atenas. Esse conselho se reunia em uma colina rochosa, próxima à Acrópole, onde havia um templo dedicado a Ares.

Na maçonaria, Areópago é o nome de uma loja maçônica do grau 30, que se inspira na instituição grega. O Areópago maçônico é um tribunal que tem o poder de julgar e condenar os inimigos da maçonaria e da humanidade, como os tiranos, os corruptos, os supersticiosos e os intolerantes.

Também é um lugar de estudos e de debates sobre os temas relacionados ao grau 30, como a filosofia, a matemática, a geometria, a astronomia, a música, a retórica, a lógica, a democracia, a liberdade, a justiça, a sabedoria, a coragem, a moderação, e outros.

O Areópago maçônico, portanto, é uma loja que busca resgatar e preservar os valores e os ideais da cultura grega, que é uma das fontes da maçonaria e da sua filosofia. O Areópago maçônico é uma loja que homenageia e celebra o Areópago grego, que foi uma das mais importantes e respeitadas instituições da história da humanidade.

O simbolismo da Escada Mística

O simbolismo da Escada Mística na maçonaria é um simbolismo que representa a ascensão espiritual do maçom, que busca se aproximar do Grande Arquiteto do Universo, que é a fonte de toda a luz, sabedoria e perfeição. A Escada Mística é uma escada de sete degraus, que corresponde aos sete graus do Ilustre Conselho Filosófico de Kadosch, que abrange os graus do 19 ao 30, chamados de filosóficos.

Cada degrau da Escada Mística tem um significado e um ensinamento específico, que o maçom deve compreender e praticar para avançar no seu caminho iniciático. Os degraus são os seguintes:

Primeiro degrau

Grau 19 – Grande Pontífice ou Sublime Escocês. O maçom aprende a ser tolerante, a respeitar as crenças e as opiniões dos outros, e a buscar a harmonia entre a razão e a fé.

Segundo degrau

Grau 20 – Venerável Mestre Ad Vitam. O maçom aprende a ser justo, a governar com sabedoria e equidade, e a zelar pelo bem-estar e pela instrução dos seus irmãos.

Terceiro degrau

Grau 21 – Patriarca Noaquita ou Cavaleiro Prussiano. O maçom aprende a ser fiel, a cumprir os seus juramentos, e a defender a liberdade, a igualdade e a fraternidade.

Quarto degrau

Grau 22 – Príncipe do Líbano ou Cavaleiro da Machadinha. O maçom aprende a ser laborioso, a cultivar as artes e as ciências, e a contribuir para o progresso da humanidado.

Quinto degrau

Grau 23 – Chefe do Tabernáculo. O maçom aprende a ser puro, a purificar o seu corpo e a sua alma, e a se preparar para receber os mistérios sagrados.

Sexto degrau

Grau 24 – Príncipe do Tabernáculo. O maçom aprende a ser sábio, a estudar a Cabala, a Alquimia, a Astrologia e a Magia, e a se comunicar com o Grande Arquiteto do Universo.

Sétimo degrau

Grau 30 – Cavaleiro Kadosh ou Grande Eleito. O maçom aprende a ser santo, a se consagrar ao serviço de Deus e da humanidade, e a combater os inimigos da maçonaria e da verdade.

Esses são os significados e os ensinamentos dos degraus da Escada Mística na maçonaria, que representam a ascensão espiritual do maçom, que busca se aproximar do Grande Arquiteto do Universo.

O simbolismo do grau 30

O simbolismo do grau 30 na maçonaria é um conjunto de elementos que expressam o significado e a essência desse grau, que é o último do Ilustre Conselho Filosófico de Kadosch, e que se inspira na Ordem dos Templários e na cultura grega¹. Esses elementos são:

A cor preta

Representa o luto pela morte de Jacques de Molay, o último Grão-Mestre dos Templários, que foi queimado vivo em uma fogueira, em 1314, em Paris. Também representa o segredo, o silêncio e a discrição que devem acompanhar o maçom que atinge esse grau¹.

A cruz de oito pontas

Representa as oito bem-aventuranças, que são as virtudes que o maçom deve cultivar para se aproximar de Deus. Também representa a cruz dos Templários e a cruz de Malta, que são as ordens que deram origem e influência ao grau 30.

A espada flamejante

Representa a justiça, a verdade e a vingança contra os inimigos da maçonaria e da humanidade. Também representa a arma dos Templários e dos Cavaleiros Kadosch, que lutaram pela defesa da fé cristã e da liberdade dos povos.

A balança

Representa o equilíbrio, a harmonia e a imparcialidade que o maçom deve ter ao julgar e condenar os culpados. Também representa o símbolo do Areópago, que era o conselho de sábios que julgava os crimes contra o Estado na antiga Grécia.

O triângulo

Representa a trindade, que é a união do Pai, do Filho e do Espírito Santo, que são as manifestações do Grande Arquiteto do Universo. Também representa a geometria, que é uma das sete artes liberais que o maçom deve dominar para alcançar a perfeição intelectual e moral.

O pentagrama

Representa o homem, que é a imagem e semelhança de Deus, e que possui cinco sentidos, cinco membros e cinco virtudes. Também representa a magia, que é a arte de manipular as forças ocultas da natureza e do espírito.

O hexagrama

Representa a união dos opostos, como o céu e a terra, o fogo e a água, o masculino e o feminino, que formam a harmonia do universo. Também representa a Cabala, que é a ciência sagrada que revela os mistérios da criação, da natureza e do destino do homem.

A Escada Mística

Representa a ascensão espiritual do maçom, que busca se aproximar do Grande Arquiteto do Universo, através dos sete graus do Ilustre Conselho Filosófico de Kadosch, que correspondem às sete artes liberais, aos sete planetas, aos sete metais, aos sete dias da semana, e aos sete pecados capitais.

Esses são alguns dos elementos que compõem o simbolismo do grau 30 na maçonaria, que expressam o significado e a essência desse grau, que é um dos mais elevados e importantes do Rito Escocês Antigo e Aceito.

A ética e a moral do grau 30

A ética e a moral do grau 30 na maçonaria são os princípios e os valores que orientam a conduta do maçom que atinge esse grau, que é o último do Ilustre Conselho Filosófico de Kadosch, e que se inspira na Ordem dos Templários e na cultura grega¹. Esses princípios e valores são:

A honestidade

O maçom deve ser sincero, leal e íntegro em suas palavras e ações, e cumprir os seus juramentos e compromissos com a maçonaria e com a humanidade.

A justiça

O maçom deve ser imparcial, equitativo e reto em seus julgamentos e decisões, e defender os direitos e os deveres de todos, sem distinção de raça, credo, sexo ou condição social.

A tolerância:

Precisa ser respeitoso, compreensivo e benevolente com as crenças, as opiniões e as diferenças dos outros, e promover a harmonia e a paz entre os homens.

A responsabilidade social

Deve ser solidário, generoso e fraterno com os seus irmãos e com os necessitados, e contribuir para o progresso e o bem-estar da humanidade, através da assistência médica, da educação, da cultura e da filantropia.

A busca pela verdade

Precisa ser curioso, estudioso e crítico em relação aos conhecimentos, aos mistérios e aos fenômenos da natureza e do espírito, e buscar a iluminação e a união com o Grande Arquiteto do Universo, através da filosofia, da matemática, da geometria, da astronomia, da música, da retórica, da lógica, da Cabala, da Alquimia, da Astrologia e da Magia.

Esses são os princípios e os valores que compõem a ética e a moral do grau 30 na maçonaria, que orientam a conduta do maçom que atinge esse grau, que é um dos mais elevados e importantes do Rito Escocês Antigo e Aceito.

Conclusão

Neste artigo, exploramos o grau 30 na maçonaria, sua origem, significado, ensinamentos, cerimônia, relação com as Ordens dos Templários e de Malta, influência grega, simbolismo e ética.

O grau 30 é um grau de estudo, reflexão, ação e devoção, que resgata e preserva os valores e ideais maçônicos, inspirados nos Templários e na Grécia. É um grau que honra e celebra os Cavaleiros Kadosch, os maçons mais elevados e sublimes do Rito Escocês Antigo e Aceito.

O grau 30 desafia e estimula o maçom a se aprimorar intelectual e moralmente, a se dedicar a Deus e à humanidade, e a combater os inimigos da maçonaria e da verdade.

É um grau que revela e ensina os mistérios da Cabala, da Alquimia, da Astrologia e da Magia, e que busca a iluminação e a união com o Grande Arquiteto do Universo. Esperamos que este artigo tenha sido útil e interessante para você.

Se quiser saber mais sobre o grau 30 ou outros temas maçônicos, consulte as referências no final do texto. Você também pode nos fazer perguntas sobre a maçonaria. Estamos aqui para ajudar.

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Referências Bibliográficas

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  • OS 33 Graus. – Templo Maçônico. https://luizmuller.com.br/templo/os-33-graus/.
  • Significado de Kadosh (O que é, Conceito e Definição). https://www.significados.com.br/kadosh/.
  • Qual o Significado de Kadosh na Bíblia? – Estilo Adoração. https://estiloadoracao.com/kadosh-significado/.
  • → Qual o significado do nome “Kadosh”?. https://nomessobrenomes.com/qual-o-significado-do-nome-kadosh.
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  • A Jornada do Aprendiz Maçom: Descubra os Objetivos do Grau no Rito …. https://filosofiamaconicaexplicada.com.br/index.php/2023/08/21/a-jornada-do-aprendiz-macom-descubra-os-objetivos-do-grau-no-rito-escoces-antigo-e-aceito/.
  • O Cavaleiro Kadosh – Recanto das Letras. https://www.recantodasletras.com.br/resenhasdelivros/2706782.
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  • Cabala, Maçonaria E A Escada De Jacó – Recanto das Letras. https://www.recantodasletras.com.br/ensaios/5596699.
  • Significado dos Símbolos da Maçonaria – Dicionário de Símbolos. https://www.dicionariodesimbolos.com.br/simbolos-maconaria/.
  • A Escada De Jacó – Recanto das Letras. https://www.recantodasletras.com.br/resenhasdelivros/1863590.
  • A Ética E O Valor Moral Na Maçonaria – José Airton de Carvalho. https://www.michaelwinetzki.com.br/2023/06/a-etica-e-o-valor-moral-na-maconaria.html.
  • Ética, Moral e Maçonaria – Rede Colmeia. https://redecolmeia.com.br/2023/06/13/etica-moral-e-maconaria/.
  • Os Bons Costumes Na Maçonaria – Gob-RJ. https://gob-rj.org.br/portal/os-bons-costumes-na-maconaria/
Jacimar Silva
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