A editora Dame Blanche recebe, até o próximo dia 10 de março, originais de autoras (e autores) negras. A seleção é aberta para noveletas (de 7,5 mil a 17,5 mil palavras), para novelas (de 17,5 mil a 40 mil palavras) e ficção especulativa (sci-fi, horror e fantasia).
Um discurso sobre a obra, de até cinco linhas, deve ser enviado através do e-mail da editora. Na chamada, a editora esclarece que não cobra para publicar, que há contrato, adiantamento e porcentagem nos direitos autorais.
De acordo com uma das responsáveis pela editora, Clara Madrigano, a ideia surgiu após seleção mais recente feita pela Dame Blanche.
“Quando abrimos a chamada para manuscritos, recebemos pouquíssimo material que não fosse de autores brancos. Por isso fizemos esse recorte. Queremos encorajar os autores negros que produzem ficção especulativa e concluímos que seria uma boa abrir uma chamada exclusiva”, disse.
Sobre a editora
A Dame Blanche nasceu porque as editoras Clara Madrigano e Anna Fagundes Martino são apaixonadas por literatura. Como leitoras, sempre sonharam em publicar histórias que gostariam de ler.
A editora publica noveletas, novelas e romances do gênero especulativo. Também são aceitos livros de contos.
“Nós queremos boas histórias. Nós também queremos diversidade: vozes negras, asiáticas, lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais, genderfluid, etc. Queremos protagonistas que nos surpreendam, que nos cativem, que mostrem todo o potencial da ficção fantástica. Queremos feministas, heroínas que não esperem por um herói que as salve. Estamos à procura de talentos como Charlie Jane Anders, Nnedi Okorafor, Seanan McGuire, Maria Dahvana Hadley, Kat Howard, Helen Oyeyemi, Ken Liu, N. K. Jemisin”, destacam as editoras.
Serviço – o envio da apresentação dos livros deve ser feito para o e-mail editoradameblanche@gmail.com até o dia 10 de março de 2018. Mais informações sobre a editora podem ser encontradas no link https://editoradameblanche.tumblr.com

Jéssica Balbino
Jéssica Balbino é editora do Margens, acredita que pode transformar o mundo em um lugar melhor por meio das narrativas. É jornalista, mestre em comunicação pela Unicamp, criadora do Margens, pesquisadora de literatura marginal, possui mais de 10 anos de experiência em reportagem e edição. Viciada em café, pimenta e livros.
Permalink
Ola boa tarde ,eu apenas escrevo mas tipo não sou escritora assim de renome ou auto definida,eu queria saber se qualauer pessoa pode enviar seus contos ?
Permalink
Ótima iniciativa!!!
Gostaria de parabenizar e dizer que este tipo de ação é muito importante para promoção da diversidade.
Sou escritora negra iniciante .
Tenho por preferência a escrita por contos .
Vcs terão algum chamamento para essa linha?